Diante da transformação digital e pela aproximação da tecnologia com os processos e rotinas empresariais, ter conhecimento sobre finanças é um fator extremamente importante para se ter uma organização e um crescimento futuro, pois presenciamos uma era em que os dados e a tomada de decisão baseada em análises, marca o início de uma evolução na gestão financeira dos negócios, em que tarefas manuais, burocráticas e repetitivas abrem espaço para a automação.

Dessa maneira, visando o momento de instabilidade em que estamos vivendo no Brasil, iniciar uma jornada de transformação pode ser uma transição mais eficiente para sair na frente e aproveitar de inúmeras oportunidades, por isso, trouxemos algumas informações sobre gestão financeira, investimentos e como começar a aplicá-los.

No que é preciso se educar sobre investimentos?

O conceito de educação é o processo de aprendizagem que pode transformar hábitos, comportamentos e valores das pessoas a partir do compartilhamento de uma informação, de modo que pode ser considerado em qualquer setor da vida, inclusive o financeiro. Dessa maneira, estudar finanças não é apenas investir, é dar condições para uma pessoa decidir melhor o que fazer com o seu dinheiro, ou seja, tanto para uma pessoa física como para uma pessoa jurídica, investir e manter uma boa gestão é ter uma saúde financeira estável e mais organizada, por isso é uma ótima opção para não ter prejuízos em seu negócio

O setor financeiro, conta com conceitos específicos onde há importantes termos que te permitirão entender melhor o assunto, visando isso, saiba os principais deles:

Perfil do investidor

É uma espécie de análise que identifica suas preferências e expectativas em relação aos investimentos. É saber reconhecer onde você poderia se encaixar ao fazer algum investimento, saber quais riscos podem ser tomados.

Liquidez

Representa o nível de dificuldade de resgatar ou transferir um investimento.

Risco

Nessa área não é muito diferente do conceito de risco em geral, é a chance de alguma coisa sair diferente do esperado

  • Risco de crédito: trata-se da possibilidade de não receber o valor principal negociado, pelo não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por parte intermediadora.
  • Risco de mercado: é definido como o potencial de resultado negativo, devido a mudanças nos preços ou parâmetros de mercado, por isso, depende de muitas condições.

Retorno

É quanto o investidor lucra numa aplicação financeira.

Diversificação

Uma estratégia de investimento muito conhecida no mercado, é a divisão dos recursos entre diferentes produtos, já que tipos diferentes de investimentos costumam oscilar de forma distinta.

Taxa Selic

é a taxa básica de juros da economia, que a cada 45 dias, há discussões sobre ela, seja por ter aumentado, diminuído ou se mantido estável após a reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, que define essa taxa influenciadora de diversas atribuições do mercado financeiro.

CDI (Certificado de Depósito Interbancário)

é uma taxa que determina o rendimento anual de diversos tipos de investimento, acompanha muito a Taxa Selic.

Tipos de investimento

Renda fixa

Investir em renda fixa é como se o aplicador estivesse emprestando dinheiro a uma outra parte, chamada emissor, e por isso receber um rendimento em cima do que for investido. É também, ter a possibilidade de conferir as regras do produto antes de fazer a aplicação, ou seja, são mais previsíveis, por isso, é uma ótima opção para empresas que querem manter seu caixa e assim se organizar financeiramente.

São aplicações atreladas a algum indicador de referência como a Taxa Selic ou o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), e possuem um prazo de vencimento e um seguro contra o risco de crédito de títulos emitidos por instituições financeiras, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Existem três tipos de remuneração:

  • Pré-fixada: são fixos e estabelecidos no momento do lançamento do ativo, o investidor sabe o rendimento do papel;
  • Pós-fixada: remuneração atrelada a algum indicador (Taxa Selic ou CDI), não se sabe o rendimento do papel;
  • Híbrido: uma parcela da remuneração é dada por juros fixos e outra é atrelada a um indicador.

Alguns tipos de ativos de renda fixa: Títulos públicos Federais (TPF), Certificado de Depósito Bancário (CDB), Debêntures e Letra de Câmbio.

  • Títulos Públicos Federais (TPF): Tem o objetivo de captar recursos para o financiamento da dívida pública. Alguns títulos públicos são: Tesouro Selic, Tesouro IPCA, Tesouro pré-fixado com juros semestrais, entre outros.
  • CDB: É uma obrigação de pagamento futuro de capital aplicado em depósito a prazo fixo e sua rentabilidade é definida no ato de negociação. São emitidos por instituições financeiras como bancos comerciais, e possuem a garantia do FGC.
  • Debêntures: São títulos privados de crédito, representativos de dívida, em médio e longo prazo. São, basicamente, empréstimos para empresas financiarem projetos.
  • Letra de câmbio: São títulos utilizados por financeiras, como a Crefisa e a BMG para captar recursos no mercado e emprestar aos clientes. Por existir mais riscos, geralmente, a oferta de taxas de rendimento são mais atrativas aos clientes

Renda Variável:

São investimentos cujo retorno não é previsível, pois o valor do rendimento irá variar conforme as condições do mercado. Os fatores que determinam a valorização ou desvalorização de um investimento em renda variável dependem do tipo de aplicação considerado, pois envolve as condições da empresa (no caso de ações), da economia do país, a variação da taxa de juros, inflação, câmbio e as expectativas do mercado financeiro.

Tipos de investimentos em renda variável: Ações, Fundos Imobiliários (FIIs), Exchange Traded Funds (ETFs), Câmbio e Fundos de Investimentos.

Ações: É um papel que representa o menor pedaço de uma empresa que decidiu oferecer sociedade aos investidores. Assim, quem adquire uma ação se torna sócio de uma empresa. Conforme os movimentos do mercado e os resultados da empresa, o preço de uma ação pode aumentar ou diminuir. Existem ações Blue Chips, que são as grandes empresas, e normalmente são mais seguras e possuem grande liquidez, as ações de 2ª linha, que possuem menor liquidez e são de empresas consideradas seguras, mas mais arriscadas e ações de 3ª linha, são de pouca liquidez e um grande risco.

Fundos Imobiliários: Um fundo imobiliário reúne investidores interessados em aplicar em conjunto no mercado imobiliário. O mais comum é que o dinheiro seja usado na construção ou na aquisição de imóveis, depois locados ou arrendados. Os ganhos dessas operações são divididos entre os participantes, na proporção em que cada um aplicou.

Exchange Traded Funds: é um fundo de ações que tem como referência um índice da bolsa de valores. Então, a composição é feita com o objetivo de atingir rendimentos iguais ou superiores ao indicador utilizado.

Câmbio: envolve aplicações baseadas em moedas, pode ser dólar, euro e libra. Esse tipo de produto costuma ser considerado uma opção para diversificar a carteira e, principalmente, para proteger o patrimônio das oscilações da economia brasileira.

Fundo de Investimentos: é um grupo de pessoas que se reúnem para investir juntos, os de ações são os exemplos mais comuns. O ganho ou o prejuízo do investidor se dará pela diferença entre a compra e venda das cotas. Trata-se de carteiras que, por definição, aplicam no mínimo dois terços do patrimônio em ações negociadas em mercados organizados, como bolsas de valores, ou em outros ativos relacionados a esse segmento.

Qual a melhor estratégia para as finanças?

Como mostramos anteriormente, há inúmeras possibilidades de investimento e a fim de decidir qual é melhor para o que está sendo buscado nesse momento, identificar por qual caminho será trilhado nos investimentos é o primeiro passo, pois dessa forma é possível entender o seu tipo de investidor.

Além disso, o estudo da área é de extrema importância com todos esses conceitos apresentados, vai ficar mais fácil e logo você alcançará o patamar ideal para começar a investir, mas mantenha em mente o quão importante é conhecer como o investimento que você planeja escolher atua, pois assim, é possível, no caso da renda variável, ter uma ideia de como ele reagirá a acontecimentos externos, também garanta sua organização para manter suas aplicações em renda fixa organizadas, saber o quanto elas estão valendo e tornar possível o planejamento de seu futuro.

Se quiser se aprofundar e aprimorar o seu entendimento do mercado, a análise setorial é um método que se encaixa perfeitamente tanto para pessoas quanto para empresas, pois com ela você terá uma previsão do crescimento de um setor, se adapta mais facilmente frente às mudanças e terá um embasamento nas suas decisões futuras.